sábado, 15 de outubro de 2016

Um papo científico

Oi, Faz muito tempo desde o ultimo texto, Eu sei. E talvez já não exista ninguém para me ouvir (ler), mas como a esperança é a ultima que morre...e de repente você só esta de passagem, peço que fique, sente-se, tome um café, ignore o casal na mesa dos fundos que insistem em discutir em plena três da tarde de uma quarta de primavera, ou a garotinha ao lado que não para de cutucar o nariz enquanto sua mãe desesperadamente digita em um tablete, ignore tudo, inclusive esse meu cabelo espantado e as pantufas do tigrão em meus pés pálidos e frios, apenas ignore e me ouça...
É preciso aprender com os erros, esse é conselho mais clichê que eu já vi e por  vezes o ouvi, Certa vez Thomas Edison disse: "eu não errei mil vezes, eu aprendi mil formas de como não se fazer uma lâmpada", e isso faz muito sentido... Como quando éramos criança e encostamos os dedos à panela quente, e ao sentir aquela dor imediata, da mesma forma apreendemos a ficar longe desta quando acaba de sair do fogo.
Nós apreendemos, processamos, corrigimos e não mais repetimos, não com intenção, mas apreendemos. Até mesmo o mundo citológico sabe disso, microscopicamente nosso corpo entende isso,  porque em tantas divisões mitóticas, seria impossível não ocorrer um erro, mas quando isso acontece, a própria célula por mecanismos internos se corrige, caso isso não seja possível, temos o que chamamos de “apopitose”, a célula em sua ultima tentativa de corrigir o erro se mata, porque ela sabe disso, ela entende a dinâmica de sua existência.
Mas e se ela não souber? Ou não entender essa dinâmica? E se todos esses erros não forem conscientes? Assim como a célula, repetiríamos incessantemente o erro, sem notar os danos ao redor, como uma neoplasia, como um câncer, que silenciosamente se espalha, que silenciosamente se instala. Não tem cura, mas quando descoberto cedo, pode ser tratado e controlado até que não se encontre mais nada, e isso Dói. A noticia dói, o tratamento dói, Mas há quem diga que tudo fica mais fácil- mas não menos dolorido- quando a negação passa, quando admitimos o câncer, o erro,
O que de fato é real, e eu espero... Sinceramente... Que não seja tarde demais, e que eu possa corrigir (tratar) esses silenciosos, porém agressivos, erros, e como prevenção, apreender com eles. E digo isto caro (a) leitor(a), caro(a) amigo(a), não por ELE, Por mim.

terça-feira, 3 de maio de 2016

A necessidade do antagônico

(dê play na musica para ler) 


Eram nove horas da manhã de uma terça qualquer, de uma semana comum, em um mês entre outros doze, de um ano a mais. Abri os olhos e vi o sol cativante e convidativo a me tentar, eu queria levantar, juro que queria, mas estava presa as minhas frustrações e nem mesmo o café amargamente confuso, feito horas mais tarde e depois de uma longa briga com a cama, ou o “bom dia” lírico DELE, foram capazes de me energizar o suficiente para acordar em plenitude.

É engraçado sabe? Não importa o quão experiente você seja, ou o quanto entenda sobre os sentimentos, sobre a vida e sua dinâmica, você nunca esta preparado para enfrentar a frustração, porque na maioria das vezes, ela é “apenas” outra versão sua, te apontando do que fez ou deixou de fazer para estar onde esta; é ai então que, uma guerra interna é travada, nos machucamos de todas as formas possíveis, e quando não há o que fazer no interior, culpamos o exterior, e em um ultimo round, questionamos aos céus, a vida, a Deus, o porque as coisas são como são, ou porque não estamos onde gostaríamos de estar.

Mas como eu disse: eu Juro que queria levantar, ou melhor, Eu queria Acordar. E em tentativa disto, decidi que sairia dali, de casa; do quarto, da cama, do café sem graça e das guerras internas. Entrei no ônibus rumo a biblioteca da faculdade, coloquei o fone e enquanto as melodias motivacionais de “Os Arraias” tocavam em minha play list, senti a presença de alguém a me observar, “ tem alguém sentado aqui?” perguntou o alguém, em um sinal com a cabeça, disse que não; O Rapaz se sentou, e como eu já esperava, se dispôs a falar... Sobre a família, sobre a faculdade, sobre seus sonhos e seus porquês, e quando por fim cansou de falar de si próprio, disse: “ criei uma história para explicar o porque ainda não estamos onde gostaríamos. Quer ouvir?”, mais uma vez com a cabeça e sem muito ânimo, disse que sim.

E agora, não importa o quanto me esforce, sou incapaz de descrever com tantos detalhes as tantas coisas que foram ditas; mas não posso me esquecer -nunca me esquecerei- de sua ultima frase antes de descer inesperadamente do ônibus: “Deus chamou Davi para reinar  enquanto jovem, mas Davi foi Rei em sua velhice”, e lá se foi o alguém.

A grande questão é, por mais difícil que seja superar as frustrações, nós precisamos delas, assim como precisamos das pedras no caminho, dos espinhos no pé ou até mesmo dos gigantes, pois bem dizia Heráclito que “é pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui”, e por mais clichê que isso pareça, devo reafirmar que estas coisas realmente nós fazem mais fortes, nos fazem crescer e amadurecer, e eu sei que quando caímos ou erramos, a frustração nos machuca e dói, e como dói, mas como também me foi dito: “Deus nos conhece, e nunca dá uma carga maior do que a que podemos carregar”.


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Infinito

Eram seis e quarenta da manhã quando acordei  –e sei disso porque a primeira coisa que faço ao abrir os olhos é encontrar o celular em meio aos lençóis para checar o horário-, estava frio e aquela costumeira, nostálgica e clichê “luz da manhã” parecia ter-se esquecido de seu trabalho. Ainda assim, deixei a preguiça de lado e decidi me levantar, tropeçando em meus bocejos fui até a cozinha e coloquei a água para ferver e só então fui escovar os dentes e “acordar” de verdade.
Como parte da rotina- após o café- é hora de estudar. Foi quando percebi que estava sem internet, e sim, eu sei que poderia estudar apenas com os livros, mas em algum momento meus olhos encontraram aquele livro -As vantagens de ser invisível- e ao pega-lo, foi como voltar aquele onze de fevereiro de dois mil e quatorze, e me lembrei de como aquele presente tinha sido o melhor de todos, pois há um tempo havia descoberto o poder de cura- ou distração-  que um livro tem; mas o que realmente me deixou feliz, foi lembrar do sorriso do menino de quem o havia ganhado, e da forma como eu o perturbava- por causa de seu daltonismo- durante os jogos de xadrez com peças coloridas e ainda assim ele sempre me vencia.
Decidi naquele momento que me daria um tempo, peguei o livro e com um pulo, estava em minha cama e em voracidade - e mais uma vez- me deleitava do prazer de suas páginas.  Um livro inteiro de cartas, que ideia genial! Não sei se é porque simplesmente amo cartas ou a forma como Stephen chbosky escreveu aquelas, mas naquele momento, senti uma enorme necessidade de escrever; e antes mesmo de me levantar já sabia sobre o que o faria.
Descobri que já não quero escrever com rodeios e exageros; pela primeira vez em muito tempo, desejo escrever a verdade pura e absoluta. Quero contar sob os dias em que acordo triste, mas também sobre os dias em que acordo radiante, e o modo como o cheiro de café e torrada pela casa me encorajam a prosseguir e ir atrás do meu sonho.
 Devo contar também sobre como adoro o modo que meu novo amigo no cursinho costuma me perturbar dizendo “ e ai Dr. Ana ? entendeu ou devo desenhar?” e em como sinto inveja da inocência de minha amiga que em muito se assemelha a garota de  “coralina e o mundo secreto” e com certeza não poderia deixar de comentar o quão perturbadora e engraçada é, a a visão do garoto-com o estranho apelido de “capacete”- devorando aqueles pedaços de bolo e dizendo “ sai daqui, isso é meu” enquanto abraça o pote formando um forte ao seu redor.
 E não posso me esquecer de contar a quão acolhida me sinto pela nova família em que ganhei – me doei de brinde- através do namoro de meu irmão e de como estou feliz por ele estar feliz. Mas acima de tudo não poderia deixar de dizer o quanto ando feliz- em paz –, e mesmo depois dos péssimos resultados de algumas provas, ainda me sinto motivada a prosseguir. e nesse momento, me sinto infinita...


PS: Sei que já citei muitas vezes " as vantagens de ser invisível " por aqui, e provavelmente farei mais vezes, porque esse livro simplesmente é...(não há palavras para descrever)

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Panquecas de sábado de manhã

Hey cupcakes! hoje venho com algo diferente do costumeiro;Pois quero dividir com vocês minha play list para tornar um dia em "O DIA". Espero que vocês gostem! beijinhos














domingo, 21 de junho de 2015

Com chuva ou sem...

(dê play no vídeo antes de ler)

Magico.Sim; essa é a palavra que procuro, essa é a palavra que nos define. Porque justo agora, em meia a toda essa ventania, eu ainda consigo achar beleza, excitação, paixão e Você. E não seria isso a melhor definição para algo magico? A ventania é fria, mas agora seus braços me aquecem; e há tantas folhas para lá e para cá em um ritmo tão perfeito quanto nossos passos nessa dança improvisada, há também aquela excitação em cada final de giro e salto que sou recebida por um beijo, as vezes na testa, as vezes em minha têmpora e outras vezes em meu lábios e nesse momento quando firmemente me puxa para mais perto com uma das mãos na base de mInha colunA, a outra afasta aquele cabelo rebelde de minha bochecha,e me atrevo a interroMper este momento e sorrio, porque é impossível isso tudo, mas aqui está você.

Talvez, em outras situações da vida possamoS achar outra definição para a palavra Magia; no dicionario por exemplo, se refere ao possuir poderes. Mas ainda assim, isto não pode estar longe do que vivenciaMos no agora, aliás me fazer sorrIr quando estou triste, ou me fazer esquecer dos problemas ou do leite no fogão não poderia ser considerado um super poder?

Mas Hey! psiu! Não querendo parecer estar apaixonada por você, mas Já parecendo ou sendo, devo deixar expLicito que adoro o contraste de seus dentes certinhos com o seu "fechar" de olhos, ao sorrIr quando lhe digo que meu cabelo não é vermelho; é laranja! ou o jeito que o sol acaricia seu rosto suave pela vidraça dando o efeito de foto do instagram com um filtro forçando; essa imagem que me vem naturalmente, como naquela vez em uma cafeteria enquanto sob a ultima mesa daquele pequeno espaço, você beijava cada voltinha de meus dedos em meio as silabas que formavam a perguNta"como foi seu dia minha querida?"

O que poderia responder? O que dizer quando nem mesmo me lembro O que fiz naquela semana? É Como aquele beijo em meio a chuva de sexta passada, estávamos molhados, Talvez estivesse um pouco frio, mas nada importava, nada nos atingia, era só eu e você. E é exatamente dessa forma que penso que as coisas serão daqui para frente. Serão tantas batalhas, tantos obstáculos, e ainda que em minha mente habite um certo medo, meu coração está cheio dessa paz, da calmaria, e de coraGem. 

Enquanto ainda dançamos essa canção, quero novamente esquecer nossos problemas, mas é impossível esquecer, pois todo sonho tem seu final ao amanhecer, e só então percebo ao acordar. que não era real. eu não estava contigo. Ainda,


quarta-feira, 10 de junho de 2015

#MinhaRuivisse + VOLTEI \O/

OLÁ CUPCAKES! Depois de algum tempo pensando e com insistência de alguns amigos; decidi que irei voltar a postar no blog, mas não com muito frequência devido a nova vida de vestibulanda; contudo, agora que estou de férias, prometo postar quando der. okay? e para começar hoje venho com uma super nova pra vocês! finalmente estou ruiva \o/. depois de 4 meses de teimosia decidi procurar uma profissional e arrumar o que tinha feito. mas perai..vamos contar a historia desde o começo.
Como vocês sabem, eu sou morena naturalmente, mas sempre tive aquele toque cobre no cabelo, mas no fundo, desde que conheci a banda Epica e vi que a linda da vocalista Simone Simons era Ruiva quis muito pintar o cabelo, o que só me foi permitido no aniversário de 17 anos. Quando procurei uma Cabedeleira encontrei diversos preços, mas optei pelo o que parecia ser o mais barato. resultado? fiquei com o cabelo vermelho intenso acobreado, tipo Ivete Sangalo na caixa para tinta para o cabelo.
Regra Numero 1: não vá tanto pelo preço, ache algo que cabe em seu bolço mas que também será de qualidade, para que mais tarde, o barato não saia caro.

Mas e como saber se estou investindo no profissional certo? fácil fácil, pergunte! fale com algum conhecido seu, peça um indicação, em seguida vá até o salão, conheça o ambiente, o profissional, e o mais importante, verifique se este já realizou um processo parecido. Foi exatamente que fiz, chegando lá apreendi mais 2 coisas.
primeiro: Cabelo virgem pega o tom na primeira vez.
 segunda: tinta sobre tinta não clareia!!
Depois de ter isso em mente, tivemos que discutir o que fazer para tirar aquele vermelho do meu cabelo, e lá fomos nós decapar meu hair, foram preciso 2 horas e meia para decapar tudo e fiquei até loira por alguns minutos.(risos)



Mas no final gente, tudo valeu a pena, quer ver?



*DEPOIS de seis horas no salão





E agora o trabalho é manter né galerinha! enfim... espero que tenham gostado, e para aquelas e aquelas(es) que querem ficar "ruivos". Minha maior dica do dia: certifique-se de que é isso mesmo que quer e vai...se tiver com medo; vai com Medo mesmo! tudo, exceto a morte, tem solução. E mais uma vez... quero agradecer aos amigo que me influenciaram a voltar a escrever. <3



sexta-feira, 22 de maio de 2015

Receita Para felicidade

Era uma fresca tarde de Maio e enquanto as notas da trilha sonora de pride and prejudice dançava pela cozinha, a garota lia atentamente a receita daquele bolo que ela tanto gostava, o que era irônico; já que este era comum ao ponto de ser previsível os ingredientes, mas ela não queria errar, tudo tinha que ser perfeito, a massa tinha que ficar fofa e alta, a cobertura doce e suave. era simples. era o normal.

"mãos á obra" disse ela a sí mesma e  seguiu os próximos minutos em silencio porque além de estar muito disposta a fazer um bom trabalho havia á musica, neste momento, "Dawn" trazia a seu final de tarde aquela sensação extraordinária de satisfação, pois além de ter realizado todas as suas metas do dia, e da semana, ainda arranjara um tempo para se divertir na cozinha, o que era relaxante para ela, que diferente de muitas garotas do século XXI se esforçava ao máximo para ser o que antes era considerado uma prenda obrigatória, como cozinhar, lavar, passar e a parte mais divertida "mudar".

Como um TOC a garota tinha um ritual todos os dias, arrumar algo, limpar algo e mudar de lugar, nem que fosse só a sequência dos livros ou o modo como colocava seus sapatos no canto mais externo do quarto, porque ainda que um pouco arcaica em seus pensamentos, esta via como tédio seguir a rotina, ou as regras ou a receita de um bolo. Quem dirá da vida. 
Com a mente ainda longe esta se concentrava em repassar por sua mente todas as metas que fizera para vida, e durante esse desvaneio teve uma GRANDE surpresa ao ver o quão incoerente seus planos eram com os que a sociedade empunha a nova geração. 

a "receita da felicidade", trabalhar muito, ter muito dinheiro ou para algumas mulheres, um marido rico; roupas da moda; um carro de ultima; uma casa com piscina e ir a uma festa ou jantar em algum restaurante quase todos finais de semana. "bobagem" pensou consigo mesmo enquanto colocava a massa do bolo para assar. a garota, por suas vez, queria mais, mais do que essa mentira alienada que envenenava cada vez mais comunidades do mundo inteiro, mas se essa receita estava errada, qual era certa? esta era a pergunta que se fizera a algum tempo. onde como conclusão, teve uma resposta satisfatória a sí mesma.

A verdade para esta, é que não há uma receita certa a seguir, Mas como toda receita tem uma base a ser respeitada, como o uso de ovos para dar a liga ao bolo; a base para felicidade é não se conformar com o comum, porque não há nada melhor do que mudar as coisas, sair da rotina, fazer algo diferente, ou simplesmente, Algo que esteja além da normalidade deste século. E para esta, a felicidade tinha um sinônimo de ajudar as pessoas, não se importando tanto com a prosperidade material.

e enquanto escrevia em seu pequeno diário na mesa da cozinha com a fraca luz que restara ao por do sol, esta tentava definir ainda mais seus próprios significados de felicidade, que para ela, teriam de ter uma forma homologa mas não totalmente idealista dos tempos de Jane Austen, Aquela menina, a mesma que adora dançar pela cozinha nas manhãs animadas após um boa xícara de café, queria apenas o simples e belo da vida, Um flerte juvenil, uma paixão consumidora, mais tardar um amor delicado, uma dança inesperada em meio uma chuva de verão, e quando desse...uma família grande, um almoço de domingo em uma longa mesa de madeira em um jardim, um relaxante final de domingo junto ao piano e o melhor de tudo, Aquela real sensação de satisfação após ajudar mais um paciente em sua jornada como médica que ainda nem começara.

Como alerta de que o bolo estava pronto, o formo apitou, dessa forma, retirou o bolo, e após muito pensar, decidiu que desta vez não seria cobertura de chocolate, faria diferente, ela apenas molharia o bolo com um pouco de leite de coco, como sua avó lhe ensinara, e depois enfeitaria com açúcar refinado para dar a ele sua marca. fazendo deste, sua receita.